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Conservadores alemães provavelmente comandarão a próxima coalizão, enquanto extrema-direita AfD ganha terreno.

  • Foto do escritor: Thiago Leal
    Thiago Leal
  • 23 de fev.
  • 2 min de leitura

Após uma campanha marcada por uma série de ataques violentos, o bloco conservador CDU/CSU obteve 28,7% dos votos, seguido pelo AfD com 19,8%, segundo pesquisa de boca de urna publicada pela emissora pública ZDF.


Os conservadores da oposição na Alemanha conquistaram a vitória nas eleições nacionais deste domingo, posicionando Friedrich Merz como possível futuro chanceler, enquanto a Alternativa para a Alemanha (AfD), de extrema-direita, obteve seu melhor desempenho histórico, ficando em segundo lugar, de acordo com pesquisas de boca de urna.

“Vamos comemorar hoje à noite e, a partir de amanhã, começaremos a trabalhar…”, afirmou Merz, de 69 anos, para seus apoiadores.

Merz está se preparando para longas negociações de coalizão. Embora sua aliança CDU/CSU tenha emergido como o maior bloco, obteve o segundo pior resultado do pós-guerra. Ainda não está claro se Merz precisará de um ou dois parceiros para formar uma maioria.

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Todos os principais partidos rejeitaram colaborar com a AfD.

Após uma campanha tumultuada por ataques violentos e intervenções do governo do presidente dos EUA, Donald Trump, a CDU/CSU conquistou 28,7% dos votos, seguida pela AfD com 19,8%, segundo a pesquisa da emissora pública ZDF. O Partido Social-Democrata (SPD) do chanceler Olaf Scholz sofreu seu pior desempenho desde a Segunda Guerra Mundial, com 16,4% dos votos, enquanto os Verdes receberam 12,3% e o partido Die Linke 8,9%.



Merz, que tem 69 anos e nenhuma experiência no poder executivo, prometeu uma liderança mais acentuada que Olaf Scholz e estreitar laços com aliados importantes, buscando reforçar a posição da Alemanha no centro da Europa.

Como liberal econômico vigoroso, Merz, que deslocou o partido mais à direita, é visto como o oposto da ex-chanceler Angela Merkel, que governou por 16 anos. Contudo, sem uma maioria clara num cenário político fragmentado, os conservadores precisarão buscar parceiros para a coalizão.

Essas negociações serão desafiadoras, especialmente após uma campanha que revelou profundas divisões em imigração e como lidar com a AfD, em um país onde a extrema-direita ainda enfrenta estigmas históricos.

A situação pode manter Scholz como chanceler interino por meses, atrasando políticas cruciais para reanimar a maior economia europeia após dois anos de contrações consecutivas, enquanto as empresas lutam frente a concorrentes globais.

 
 
 

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